O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o
ex-ministro Antonio Palocci (PT), o senador Edison Lobão (PMDB-MA), o
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-ministro Henrique Eduardo
Alves (PMDB), são alguns dos nomes que figuram as 25 petições feitas pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) que ainda estão em segredo. Os pedidos
seguem em sigilo por decisão do ministro Edson Fachin e da PGR que entenderam
que a sua divulgação pode prejudicar as investigações.
Conforme o jornal o Estado de São Paulo, que teve acesso
na lista baseada em delações de ex-executivos da Odebrecht, há relatos de
pagamentos de vantagens indevidas em nove campanhas eleitorais, num total de R$
17,43 milhões – parte do valor foi pago em dólar. A atuação de Lula é citada em
relação às operações da Odebrecht em Cuba, no Porto de Mariel, e em Angola, em
um contrato assinado entre o grupo baiano e a empresa Exergia, de propriedade
de Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente.
As informações e documentos serão encaminhados à Justiça Federal do Paraná, a
pedido da PGR, porque fatos semelhantes já eram apurados previamente. Em
relação a Antonio Palocci, o pedido é para investigar as afirmações de
delatores de que o ex-ministro fez pedido para pagamentos a campanhas
eleitorais à presidência do Peru e à presidência de El Salvador. Neste último,
o valor pago ao marqueteiro João Santana, segundo os relatos, foi de R$ 5,3
milhões para que ele trabalhasse na campanha de Maurício Funes, eleito em 2009.