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COPA 2014: DELATORES APONTAM IRREGULARIDADES EM METADE DAS ARENAS DA COPA


Destino de investimentos bilionários, a construção e a reforma das arenas para a Copa do Mundo de 2014 tiveram irregularidades em pelo menos 6 dos 12 estádios que receberam o Mundial, de acordo com delatores da Odebrecht.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que sejam encaminhados para outras instâncias relatos que envolvem o Maracanã, o Mané Garrincha, a Arena Castelão, a Arena da Amazônia e a Arena Pernambuco.

Os conteúdos que apontam "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians [Itaquerão]" serão investigados no próprio STF, onde já tramita um inquérito sobre o assunto, em segredo de justiça.

No mais caro dos estádios, o Mané Garrincha, que custou R$ 1,4 bilhão, de acordo com dados oficiais, os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Ricardo Roth Ferraz de Oliveira relataram "ocorrência de acordo de mercado", prática em que os concorrentes combinam, previamente, preços ou os vencedores de uma licitação. 

Nas obras do Maracanã - reconstruído ao custo de R$ 1,05 bilhão, 75% a mais que os R$ 600 milhões que se calculou gastar num primeiro momento - houve pagamento de vantagem indevida, segundo cinco delatores. Já na Arena Castelão, o delator Benedicto Barbosa da Silva Júnior, conhecido como BJ, narrou a "ocorrência de acordo entre as empresas do Grupo Odebrecht e Carioca Engenharia a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Castelão", segundo o despacho do ministro Fachin. Também houve acordo no processo licitatório associado à construção da Arena Amazônia. (Estadão)