O
governo brasileiro disse que a missão humanitária que levará mantimentos a
venezuelanos no sábado (23) está mantida, mesmo após o presidente Nicolás Maduro anunciar o fechamento da fronteira com o Brasil nesta
quinta-feira (21).
“A
operação humanitária terá início no dia 23”, disse o porta-voz da Presidência,
Otávio do Rêgo Barros, a jornalistas.
O
governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), estava em Brasília para
encontros com o chanceler, Ernesto
Araújo, e no Planalto justamente para coordenar a missão de
sábado, quando Maduro anunciou que fecharia a fronteira.
A
ação foi tomada a partir das 15h, segundo o governo de Roraima. Venezuelanos se
apressaram em tentar comprar alimentos e produtos de higiene na cidade de
Pacaraima, do lado brasileiro, antes que a fronteira fosse fechada.
Na
noite desta quinta, o chanceler brasileiro anunciou que irá nesta sexta-feira (22)
a Cúcuta, na Colômbia, que faz fronteira com a Venezuela, para participar de um evento como
parte da mobilização para o envio de ajuda humanitária.
A
ideia é que, no sábado, caminhões com ajuda comprada com dinheiro doado pelos
Estados Unidos chegue até a fronteira com a Venezuela em pontos no Brasil e na
Colômbia.
“No
sábado, dia 23, estarei em Roraima, para acompanhar a ajuda humanitária
colocada à disposição do povo venezuelano pelo Brasil em cooperação com os
EUA”, escreveu Araújo, no Twitter.
Na
segunda-feira (25), ele irá com o vice-presidente, Hamilton Mourão, para
Bogotá, onde haverá uma reunião do chamado Grupo de Lima, que pressiona
politicamente o governo de Maduro.