“Mais uma
rede social? Isso é tudo que NÃO preciso”. Aposto que essa foi a primeira reação de
muitos que ouviram falar do Clubhouse. Mas o fato é que tem bastante gente
usando (e gostando!) desta nova rede social, focada exclusivamente em conversas
de áudio.
Até por isso o
episódio do “Coffee & Stocks” desta segunda-feira (8) foi
focado em explicar a funcionalidade deste app. O entrevistado foi Lucas
Lameiras, um dos fundadores do BRASA Talks e que mora em Londres e já usa o
“CH” há tempo suficiente para nos dar várias dicas.
Aliás, três
dicas valiosas que Lameiras nos deu durante a live:
Não tente gravar conversas: As conversas nas salas do Clubhouse não
ficam gravadas e caso você tente guardá-las gravando a tela do seu iPhone, uma
mensagem do aplicativo aparecerá no seu celular dizendo que isso fere os
princípios da plataforma e que você pode ser excluído dela se continuar
gravando.
Cuidado com quem você vai convidar para o app: para entrar no
Clubhouse, é preciso ser convidado por alguém que já está dentro da plataforma.
Uma coisa legal é que seu nome ficará pra sempre fixado no perfil da pessoa que
você convidou. Mas o lado ruim disso é que se essa pessoa fizer algo que viole
as regras do aplicativo, você também pode ser punido – já que ela só entrou no
CH por sua causa.
Cuidado com “gafes” ao entrar numa sala: quando você
acessa uma sala em que você não é apenas espectador, lembre-se que seu
microfone já entra aberto. Então, cuidado com o que fala enquanto estiver
entrando na sala para evitar gafes parecidas com as várias que vimos no início
da pandemia com as câmeras abertas nas reuniões via zoom trazendo cenas
inapropriadas.
Confira abaixo a
conversa completa e um texto falando mais do aplicativo:
Mas, o que é o Clubhouse?
Uma boa
definição do Clubhouse é uma espécie de “podcast live“: os usuários
podem acessar diversas salas e acompanhar conversas de outras pessoas sobre
qualquer assunto. Você pode ser chamado para o ‘palco’ e falar ou apenas ficar
como ouvinte e ver quais são as outras pessoas que estão dentro da sala. Tudo é
por voz: não há textões, curtidas, compartilhamentos, nada disso… ou você está
falando ou está escutando alguém.
O que tem gerado
frenesi com esse aplicativo é a possibilidade de acompanhar conversas soltas
com grandes personalidades mundo afora. É o caso de Mark Zuckerberg ou Elon
Musk, que apareceram no programa “The Good Time Show”, transmitido no próprio
Clubhouse.
O Clubhouse foi
criado em março de 2020 por Paul Davison e Rohan Seth (ex-funcionários do
Google). De dezembro pra cá passou de 600 mil para 6 milhões de usuários e já
está avaliado em mais de US$ 1 bilhão.
Ainda é muito cedo dizer que essa rede social será a nova sensação, mas já é possível perceber muita acessibilidade principalmente para quem trabalha com conteúdo sonoro, como podcasts (por isso mesmo, o Stock Pickers está “demarcando território” por ali).