Os trabalhadores dos Correios entram em greve nesta
quarta-feira (26), a partir das 22h, por tempo indeterminado. A Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares
(Fentect) afirma que as ameaças de privatização e demissões, o fechamento de
agências e o "desmonte fiscal" da empresa, com diminuição do lucro
devido a repasses ao governo e patrocínios, são os principais motivos para a
mobilização.
A estatal alega que
teve prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões no ano passado, e em
dezembro de 2016 foi anunciado um plano de demissão voluntária e o fechamento de
agências para reduzir os gastos. A Fentect, contudo, alega que a receita tem
crescido.
“O que tem
acontecido é um plano de desmonte próprio da empresa, atacando a própria
qualidade e universalização do serviço. Faz parte de um projeto privado com
interesse de entrar no mercado”, disse a secretária de Imprensa da Federação,
Suzy Cristiny.
De acordo com a
categoria, a "privatização" coloca em risco o direito da população
aos serviços dos Correios, já que a empresa tem fechado agências em cidades
menos lucrativas. “Mais de 200 agências estão sendo fechadas por todo o Brasil.
Com isso, muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o
atendimento”, afirmou a Fentect.