O deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, prevê que o Projeto
de Lei 6787, que modifica 117 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), deve ser votado até o final deste mês na Câmara. No Senado, a previsão é
que o texto deve ser aprovado entre final de maio e começo de junho, disse a
jornalistas após fazer palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham).
O texto da
reforma trabalhista deve ser votado na Comissão Especial da Câmara na quarta ou
quinta-feira desta semana, segundo o deputado. Com isso, fica pronto para ser
enviado para o plenário. Pelo cronograma esperado, o projeto entraria em vigor
em meados de junho, antes do recesso parlamentar.
Questionado se a lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), que inclui vários deputados e senadores,
atrapalha o trâmite da reforma, Marinho disse que o judiciário está
funcionando, o Ministério Público está funcionando, a Polícia Federal está
funcionando e o Congresso tem que funcionar.
O deputado afirmou aos jornalistas o que já havia dito na sua palestra, que
durou pouco mais de 30 minutos na sede da Amcham. "O objetivo do projeto
de lei é modernizar a CLT para adequá-la ao espírito do tempo", disse ele,
destacando que a legislação foi criada quando o Brasil era um país rural e
pensada para a industrialização que começava a ocorrer. "Hoje 70% da
população empregada com carteira assinada está no setor de serviços. Estamos no
limiar da quarta revolução do emprego, com a robótica, aplicativos, trabalho em
casa."(A Tarde)