Dos políticos alvos de abertura de inquérito nesta
terça-feira (11) por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), os presidentes do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do PMDB,
senador Romero Jucá (RR), são os que acumulam o maior número de pedidos de
investigações, cinco ao todo. Eles foram citados nos depoimentos de delação
premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava
Jato.
Ex-governador de Minas Gerais e candidato derrotado à
Presidência da República em 2014, Aécio foi citado nas delações feitas por
Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves,
Cláudio Melo Filho e Henrique Valladares. Nas denúncias apresentadas ao STF, o
Ministério Público Federal (MPF) diz que o tucano praticou os crimes de
corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
Atendendo aos pedidos do Ministério Público, dois
inquéritos foram abertos para investigar exclusivamente Romero Jucá. Em um
deles, os procuradores sustentam que o parlamentar teria recebido R$ 4 milhões
para atuar de acordo com os interesses da Odebrecht no Congresso Nacional,
auxiliando a aprovação de uma resolução que reduziria a disputa fiscal entre os
estados para o desembarque de mercadorias em portos.
Em um segundo inquérito, Jucá teria recebido, segundo o
Ministério Público, R$ 10 milhões da empreiteira e da construtora Andrade
Gutierrez.Juntamente com seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, o senador
é alvo de um terceiro inquérito no qual são apontadas irregularidades com o
objetivo de a Odebrecht ver aprovada outra legislação favorável a seus
interesses. (Agência Brasil)