A Ebal – Empresa Baiana de Alimentos S.A, que controla e
administra a Cesta do Povo, registrou um prejuízo líquido de R$ 155 milhões em
2016, demonstrando a situação crítica da empresa, caracterizada por sucessivos
prejuízos anuais. A Cesta do Povo tem 84 lojas e 3 centrais de distribuição e atua em 60
municípios, mas, em 2016, se verificou uma acentuada queda nas vendas e o
faturamento da empresa caiu 650%, reduzindo de R$ 520 milhões em 2015 para R$
68,5 milhões em 2016.
O prejuízo acumulado a Ebal atingiu R$ 1,1 bilhão e analistas consideram
inviável a continuidade da empresa visto que o montante de bens e direitos à
sua disposição não cobre o valor da soma das obrigações contraídas,
caracterizando uma situação de passivo a descoberto. A Ebal é vinculada à
Secretaria de Desenvolvimento Econômico cujo secretário é o ex-governador
Jaques Wagner.
Em outubro de 2015, o governo do estado publicou decreto autorizando a
avaliação econômico-financeira da empresa e autorizou sua venda da empresa, mas
o processo não foi concretizado e não apareceram interessados para um leilão de
privatização.
A direção da empresa afirma que o ano de 2016 foi de restruturação, com redução
no número de lojas, enxugamento do quadro de pessoal e redução das atividades
de armazenamento de distribuição, visando reduzir os custos operacionais, mas
as medidas tiveram pouca efetividade e só conseguiram reduzir o prejuízo em 2%,
em relação ao prejuízo verificado em 2015.
Os números do desempenho financeiro da Ebal foram revelados em balanço
divulgado pela companhia no final de semana e a análise financeira feita pelo
portal Bahia Econômica.